E quanto ao tempo?
Peço para ele passar arrastado
como baiano em dia de sexta
como brisa na beira do cais
Peço que me visite em silêncio
que me entorpeça, que me vende os olhos
que me atravesse e me cause dormências
Peço que ligeiramente me acorde
só para cair em desgosto
que me envolva, que me seduza
Peço que vá ao contrário
que me vire pelo avesso
avesso às banalidades deste mundo
Peço ao tempo que pare...
... e paro pedindo mais tempo
àquele que nunca (ou sempre!) esperei