quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Devaneios do ID





E quanto ao tempo?


Peço para ele passar arrastado

como baiano em dia de sexta

como brisa na beira do cais


Peço que me visite em silêncio

que me entorpeça, que me vende os olhos

que me atravesse e me cause dormências


Peço que ligeiramente me acorde

só para cair em desgosto

que me envolva, que me seduza


Peço que vá ao contrário

que me vire pelo avesso

avesso às banalidades deste mundo


Peço ao tempo que pare...

... e paro pedindo mais tempo

àquele que nunca (ou sempre!) esperei